
“Os sentidos são os portões de entrada para o conhecimento.” (Maria Montessori)
Cada ser humano é um ‘universo’ a ser des – vendado, descoberto. Perde muito quem não observa devagar o pulsar de uma vida. Quem olha com pressa faz julgamentos preconceituosos, estipulando rótulos. Rotular é oportunidade desperdiçada para aprender sobre algo e, sobretudo, sobre o ser humano em construção; é maneira ingênua de se posicionar em relação aos problemas inerentes ao processo de aprendizagem. Ao invés de criar facilidades para a mesma acaba interrompendo seu processo.
Mas, afinal, o que é aprendizagem?
A aprendizagem ocorre por meio do ensino informal e formal, comuns em nossa vida. O pais ensinam os filhos, uma criança ensina outra, professsores ensinam seus alunos, seres humanos adestram animais, etc. Enfim, não é só em sala de aula que se ensina e se aprende. Afinal, cada um de nós, aprende, por conta própria a fazer muitas coisas. Nossas experiências nos ensinam: nossas relações com os objetos, as pessoas e o ambiente transformam nossos hábitos. E quando um organismo muda seu comportamento em consequência de suas experiências ocorre uma aprendizagem ou o desenvolvimento da capacidade de responder adequadamente a uma situação que pode ou não ter sido encontrada antes. Segundo Alícia Fernández , o saber permite apropriar-se do conhecimento e o aprender o supõe.
O ser humano é fruto de suas experiências e trocas com o outro, o entorno e o mundo. Por isso, tanto a aprendizagem quanto o saber são construídos nesse processo de interação, de maneira muito particular, no âmago de cada indivíduo. Aonde a conquista da autoria de pensamento significa o resgate do humano no humano; significa ter autonomia / condições e possibilidades para se pensar e pensar o hoje, com as inerentes dificuldades e desconfianças a partir da esperança e da utopia; ter autonomia significa ver e viver novas proposições de ações sociais, tanto no âmbito da educação como no espaço / tempo do viver do sujeito aprendente.
Sara Silva

